Na
prática, quando é necessário
fazer a medição da velocidade ou
do volume do fluxo de ar numa tubulação
ou duto, com o auxílio do registro de pressões
deste sistema, podemos utilizar o Tubo Pitot.
Este dispositivo é constituído de
tal forma que, ao mesmo tempo que se faz as tomadas
de pressões, as quais são conduzidas
por tubos de ligação até
o manômetro, também nos permite obter,
através das leituras, os valores das pressões
existentes neste processo.
O
Tubo Pitot é constituído de um tubo
central, que recebe a pressão total do
fluxo de ar, fixado de uma maneira concêntrica
dentro de um segundo tubo com diâmetro pouco
maior, que por sua vez recebe a pressão
estática, através dos furos radiais
localizados em sua ponta.
O espaço existente entre estes dois tubos
tem por finalidade "canalizar" a pressão
estática deste seu ponto de tomada, percorrendo
toda extensão do Tubo Pitot, até
chegar ao manômetro, passando pelo tubo
de ligação.
Por
se tratar de um dispositivo - "Padrão
Primário", que serve para calibrar
todos os outros dispositivos de medição
de velocidade, a IOPE fabrica o Tubo Pitot, tendo
como referência a norma AMCA-Standard número
500-75, considerando fatores importantes para
sua boa performance, como por exemplo, o projeto
"nariz" quje é concebido de tal
forma que, a distância existente entre os
furos das tomadas de pressão estática
e a haste, seja suficiente para evitar ao máximo
os efeitos da turbulência e interferência
do movimento do fluxo de ar nas leituras e em
consequência destas considerações,
que na prática se pode adotar como unitário
seu fator de correção.
Para
aqueles casos que a precisão nas leituras
é muito importante, recomenda-se que, na
instalação do Tubo Pitot, sejam
observadas as seguintes condições:
- Distância
mínima igual a 8,5 vezes o diâmetro
do duto, à jusante, de cotovelos, curvas
ou obstruções que causam turbulência;
- Colocar
retificadores de fluxo de ar a uma distância
igual a 5 vezes o diâmetro do tubo, à
montante do Tubo Pitot.
A
medição da velocidade do ar cada
vez mais se torna importante e está presente
nos mais variados campos de trabalho, por exemplo,
em sistemas de ar condicionado, transporte pneumático,
processos gasosos, ventilação. Portanto,
é necessário não só
entender as técnicas utilizadas para determinar
a velocidade do fluxo de ar, assim como seus parâmtros
principais.
Quando
as forças das lâminas de um ventilador
provoca o movimento do ar dentro de uma tubulação,
este adquire uma força que atua na direção
do movimento do fluxo do ar em função
de seu peso e inércia. Esta força
é denominada "Pressão de Velocidade",
que pode ser medida em milímetros de coluna
d'água ou kilogramas força por metro
quadrado; por outro lado existe uma pressão,
inerente ao movimento do fluxo de ar, que é
exercida por ele, fluindo paralelamente à
parede do duto, denominada "Pressão
Estática" - Pe.
A
"Pressão Total" Pt é a
combinação da pressão estática
e da pressão de velocidade medida na extremidade
de entrada do Tubo Pitot, podendo ser expressa
nas mesmas unidades de pressão.
A "Pressão de Velocidade" ou
"Pressão Dinâmica" é
a maior alteração de pressão
surgida num fluxo de gás diante do ponto
central de um Tubo Pitot e é equivalente
a uma diferença de pressão necessária
para aceleração do gás desde
o ponto de repouso até uma determinada
velocidade.
Seu valor pode ser calculado matematicamente ou
então na prática, transferindo-se
as duas pressões surgidas no Tubo Pitot
aos ramos de um medidor de pressão diferencial,
por exemplo, um manômetro de Tubo em "U".
A seguir esta pressão será chamada
de "h" cujo valor para pequenas velocidades
pode ser indicado pela altura de uma coluna de
líquido com a qual ela mantém equilíbrio
e, é numericamente igual a diferença
entre pressão total e pressão estática.
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A
quantidade de Fluxo ou Vazão pode ser calculada
desde a pressão surgida no Tubo Pitot pela
seguinte fórmula:
Para
assegurar maior precisão nas leituras da
Pressão de Velocidade o "nariz"
do Tubo Pitot deve ser apontado diretamente contra
o fluxo de ar. Como o "nariz" do Tubo
Pitot é paralelo em relação
às tomadas de Pressão Estática,
localizadas em seu tubo externo, este último
pode ser utilizado como direcionador para alinhar
o "nariz" do Ttubo Pitot propriamente
dito.
Quando o Tubo Pitot estiver corretamente alinhado
no interiror do duto, a indicação
da presão alcançará seu valor
máximo.
Leituras
nas secções transversais
Na
prática a velocidade do fluxo de ar não
é uniforme, se medida numa secção
transversal do duto. A velocidade na área
central é sempre maior do que aquela localizada
junto à parede do duto, em função
da existência do atrito que diminui o movimento
do ar nesta área.
Uma "Série de Leituras"da pressão
de velocidade deve ser feita em pontos de "áreas
equivalentes" para se obter um valor médio
da velocidade total. Portanto, recomenda-se que
seja definido um modelo formal para pontos de
tomadas na secção transversal. Estas
leituras são conhecidas com "Leituras
da Secção Transversal".
A Figura "A" mostra as posições
recomendadas para a instalação do
Tubo Pitot nas secções transversais
de dutos circulares ou retangulares.
Nos dutos circulares, as leituras de pressão
de velocidade devem ser feitos nos centros de
áreas igualmente concêntricas e,
no mínimo, vinte leituras deverão
ser tomadas ao longo de dois diâmetros (posicionados
à 90º).
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Para
os casos de medições realizadas
em dutos retangulares as leituras da pressão
de velocidade devem ser feitas nos centros das
áreas retangulares e em número de
dezesseis no mínimo, e de sessenta e quatro
no máximo.
As
velocidades reais para cada área serão
calculadas através das leituras da pressão
de velocidade nestes pontos.
Este
método permite que, tanto as leituras como
as velocidades, sejam inspecionadas e corrigidas,
tendo como objetivo eliminar erros e/ou inconsistência.
Portanto, os valores para as velocidades serão
adotados como "valores médios",
e a precisão obtida será igual a
mais ou menos 2%.
Se
quisermos obter a precisão máxima,
então, deverão ser considerados
os seguintes aspectos:
1
- O diâmetro do duto deve ser no mínimo
trinta vezes maior que o diâmetro da haste
do Tubo Pitot.
2
- Posicionar o Tubo Pitot numa secção
transversal do duto, de tal maneira que seja mantida
uma distância igual a 8,5 vezes ou mais
o diâmetro do duto, à jusante e 1,5
vezes o diâmetro do duto à montante.
Dentro destes limites o duto não deve apresentar
cotovelos, restrições ou obstruções.
3
- Posicionar um retificador de fluxo de ar numa
distância igual a cinco vezes o diâmetro
do duto à montante do Tubo Pitot.
Para
os casos onde os diâmetros dos dutos são
pequenos, ou a necessidade de se fazer uma secção
transversal de leituras torna-se impossível,
o Tubo Pitot deve ser colocado no centro do duto
e, ao determinarmos a velocidade neste ponto,
multiplica-se o seu valor pelo fator 0,9 para
se chegar ao valor médio aproximado. Neste
caso a precisão a ser obtida poderá
alcançar até mais ou menos 5%.
A
IOPE fabrica o Tubo Pitot em tubo de aço
inoxidável 316, com ponta esférica
e dependendo do caso, com bucim para regulagem
do comprimento de inserção.
Na tabela abaixo estão relacionados os
modelos de nossa linha de fabricação:
Código
|
Comprimento
"H" (mm) |
SPG
- 10 - 200
SPG
- 10 - 300
SPG
- 10 - 500
SPG
- 10 - 750
SPG
- 10 - 1000
|
200
300
500
750
1000
|
Observações:
Outras medidas e/ou acessórios poderão
ser fornecidos mediante consulta previa.
A
IOPE tambem fabrica o Tubo Pitot, Tipo "S",
conforme recomendação E.P.A. par
os casos de medições de velocidade
de fluxo com material particulado.